Depois de estar uns 15 dias sem sair de casa e a fugir de tudo o que eram bébés comecei a pensar na minha vidinha outra vez e achei que estava na altura de fazer algo!
Pois bem como a Golo tinha-me posto de lado decidi colocá-los tb de lado e ataquei as Agências concorrentes com mais relevo no mercado. Fiz novos portfolios e entreguei pessoalmente em cada uma das que achei mais significantes. 1 para a Ogilvy, 1 para a DDB e outro para a FCB.
Pois bem das 3 empresas fui chamado por 2 e por sorte do destino acabei por escolher a Publicita FCB, uma empresa com algumas tradição na publicidade em Moçambique e que tinha estado em anos anteriores bem posicionada ao lado da GOLO nas galas de entregas de prémios.
Arrisquei e aceitei um ordenado bem simpático inicial com promessa de aumento passados 3 meses. Como emprego tinha o cargo de Criativo Sénior numa empresa que aparentava ter uma carteira de clientes bem recheada.
A Vânia por sua vez começou passado algumas semanas numa empresa concorrente, Visão Publicidade, como Account.
E enquanto esperávamos que o mês acabasse e os nossos ordenados chegassem fomos procurando casa, começando a criar a nossa empresa e a preparar os processos para dar entrarda do contracto de trabalho, no ministério, com vista a obtenção de visto de residência.
Escusado será dizer que o meu contracto foi atrasando e atrasando, o ordenado foi atrasando e atrasando e o meu visto acabou por caducar após umas quantas viagens a África do Sul.
O dia em que ficamos retidos na Fronteira foi o ponto de viragem e onde começamos a ver a nossa vidinha andar para trás!
Um carimbo de improrrogado fez com que andássemos feitos malucos nas semanas seguintes por forma a regularizar os contractos e a nossa situação aqui.
Enquanto a FCB me ia enrolando o processo lá fomos pondo em pratica a nossa solução da empresa de forma a podermos continuar por ca. Caso contrario teríamos de sair do pais novamente.
E conseguimos obter licenças provisórias para a criação da empresa. No ultimo dia que dispúnhamos regressamos ao consulado Moçambicano a Neslpruit, uma cidade perto da Fronteira já na vizinha África do Sul.
Apesar da nossa esperança o carimbo da fronteira e a falta de alguns documentos não nos garantiram o visto de trabalho e ainda nos pioraram a situação pelo que nos deram 30 dias certos para resolver a situação no ministério do trabalho, caso contrario enviariam a nossa informação para a migração e seriamos deportados.
Aqui a coisa não ficou facil e tive de apertar ainda mais na FCB pelo andamento do contracto. Por esta altura já estava numa casa arrendada há 2 meses e sem nunca ter recebido um centavo que fosse na FCB.
A Vãnia por sua vez estava a receber bem menos do que akilo que negociara e mal dava para os gastos correntes.
Passados quase três meses a FCB lá decidiu enviar os meus papeis do contracto para o ministério do trabalho e deram-me o contracto para que o levasse ao consulado, para regular a situação. Foi a última vez que trabalhei na FCB. Fazia exactamente 3 meses que tinha entrado juntamente com uma colega portuguesa, a Maria e ainda so nos tinham pago os primeiros 10 dias de trabalho.
Por sorte a empresa que formei com a Vânia ficou legalizada e regressamos a Nelspruit cheios de papeis e contractos para nos darem o visto. Após muita conversa e muito fé obtivemos o visto através da nossa empresa e pela apresentação do mesmo papel que nos tinham recusado no mês anterior.
É ridiculo como o primeiro papel que levamos nos mês anterior foi a coisa mais importante desta vez e sem o qual não nos dariam o visto, mas enfim lá o conseguimos.
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